Primeiro dia do ano, primeiro post da vida! Que nesse novo ano não deixemos de ter grande esperança sobre o que esse ano nos reserva.
A minha mente está cheia de experiências para registrar aqui, até então eu preenchi vários cadernos com a minha escrita e tudo aquilo que o Espirito Santo trouxe ao meu coração em diversos momentos ao longo dos meus dia. Até que um pensamento surgiu em minha mente e com o tempo foi ganhando força, o de registrar esses momentos e experiências em um blog, assim eu poderia estabelecer meus textos de uma forma mais rápida e organizada.
Inicialmente quero compartilhar algo bem recente, estou lendo um livro do escritor Charles Dickens, cujo título é “Grandes Esperanças”, o livro conta a história de Pip, um órfão de família humilde que ao receber uma herança renega o passado e muda-se para Londres para tentar inserir-se na alta sociedade e se tornar um cavalheiro, a fim de conquistar uma paixão da infância, que desde o início deixa claro para ele não se iludir, entretanto, nada que ela (Estela) faça ou fale impede que Pip se apaixone e viva sua vida com a grande esperança de a ter como sua mulher.
Acompanhamos diversos acontecimentos na vida do personagem principal desde a infância, esses eventos me fizeram ter compaixão e torcer por ele, entretanto, senti pena pela forma como ele reagiu à nova vida carregada de luxos e foi se desfazendo do seu passado e das pessoas simples que o cercavam e amavam. Em dado momento ele se depara com uma revelação bombástica, até então Pip não sabia de onde provinha a herança que recebeu, imaginando ser uma pessoa e descobrindo que na verdade o seu bem feitor era alguém que ele nem desconfiava, essa revelação o estarrece e causa um sentimento de confusão diante da nova realidade.
Engraçado que li o trecho da revelação em um momento inesperado, num voo de avião para uma viagem de férias nesse natal, quando li me surpreendi e na hora o Espírito Santo ministrou ao meu coração algumas reflexões interessantes, posso dizer que aprendi nessa caminhada com Jesus que ele fala o tempo todo conosco, em qualquer momento e situação.
No trecho em questão o bem feitor de Pip diz a ele: “Isso mesmo Pip, meu querido menino, fiz um cavalheiro de ti!… vivi uma vida dura, pra que tu vivesses na moleza; me matei de trabalhar pra tu não precisar trabalhar… tu és meu filho – és pra mim que qualquer filho… quando eu era pastor de ovelha contratado, vivendo sozinho numa cabana, só vendo cara de ovelha, tanto que quase cheguei a esquecer como era cara de mulher e de homem, eu só via a SUA”. Nesse discurso eu vi Cristo, pensei em todo sacrifício que ele fez por nós, tudo que ele sofreu e passou para que nos tornássemos seus filhos amados.
Observando a reação do Pip ao saber de tudo isso (ALERTA DE SPOILER) eu pensei na nossa reação muitas vezes em negar Cristo, em muitos relatos ele dizia ter consciência que estar ao lado da sua paixão não lhe trazia felicidade alguma, pelo contrário, porém, como um vício ele não conseguia sair de perto dela e de toda essa situação.
É o que o pecado faz conosco, aprisiona de tal forma que mesmo no sofrimento preferimos a ilusão do pecado em vez do amor incondicional de Cristo. A reação do Pip era de repulsa pelo seu bem feitor mesmo sabendo de tudo que ele fez para ajudá-lo, a sua origem e o seu passado lhe davam vergonha e asco, a decepção por ter sido ajudado de uma forma que ele não esperava assemelha-se ao povo que não aceitou Jesus devido sua origem humilde e a maneira como ele se apresentava, totalmente diferente do que seu povo esperava.
Eles o rejeitaram como nós muitas vezes o rejeitamos, quando não somos capazes de abrir mão e renunciar o que ele pede por amor e para servir a ele. Diante disso, passei algum tempo refletindo sobre como os nossos olhos devem abrir-se para a verdade do sacrifício de Jesus, desde o início ficou muito claro que a única coisa que o nosso Senhor deseja de nós é ser o nosso único Deus.
Ele é tudo que precisamos, o único capaz de dar a sua vida por nós. O único que estará ao seu lado quando ninguém mais estiver. O único capaz de te amar incondicionalmente, ser seu pai, mãe, marido, melhor amigo, conselheiro, Senhor.
Boa reflexão!
De fato rejeitamos a Cristo quando decidimos andar por nosso próprios caminhos, renegando todo sacrifício da Cruz. Mas para nós, quer escolhemos trilhar o caminho dEle cremos que ela é o poder de Deus.
Na expectativa das próximas postagens 👏🏼